Pernambuco

Pernambuco
Pernambuco - Foto: Família Müller

Pernambuco, é só chegar!” O slogan que promove o turismo reflete bem como o pernambucano recebe o turista que chega ao estado. O povo acolhedor, a beleza natural e especialmente a riqueza cultural são por si sós grandes atrativos. Os portugueses e holandeses, que por anos lutaram pela posse dessas terras, escravizando negros e índios, a presença de judeus, franceses, ingleses e espanhóis, que colonizaram o estado, influenciaram a cultura, que se expandiu de forma única na música, no artesanato, na gastronomia, na arquitetura e no modo de vida pernambucano. No Agreste, as tradições das festas juninas, da cavalhada e do papangu mantêm-se vivas há gerações. No litoral, as belíssimas praias de águas verdes e mornas encantam o turista. Manifestações artísticas e ritmos regionais como o frevo e o maracatu se renovam a cada ano e têm público cativo. O baião, representado especialmente na voz do pernambucano Luiz Gonzaga(o rei do baião), está sempre tocando em algum lugar. A gastronomia rica em pratos preparados com frutos do mar e ingredientes do Nordeste ganha um toque especial dos chefs pernambucanos, que agregam um quê artístico-cultural a seus pratos. Pernambuco ganha mais e mais destaque no cenário turístico brasileiro. Com infraestrutura impecável para receber o turista, o estado investe cada vez mais no setor e tem colhido os frutos desse investimento.

Recife

Pode-se dizer que a história da capital de Pernambuco está intimamente ligada a Maurício de Nassau. Em 1637, o holandês chegou a Recife com sua comitiva composta de arquitetos, pintores, escultores, astrônomos e outros cientistas. Logo à primeira vista, apaixonou-se pela cidade, passando a chamá-la de Nova Holanda e depois de Cidade Maurícia ou Mauriciopólis. Promoveu muitas melhorias urbanas, construindo pontes, casas e palácios suntuosos como o de Friburgo; planejava tornar Recife o centro do poder no Brasil. Mas o sonho acabou e Nassau entregou o governo em 1641, deixando como legado especialmente o bairro do Recife Antigo e o interesse pela arte em todas as suas expressões, presente não apenas na capital, mas em todo o estado. Recife é considerada a “Veneza brasileira”. Sobre as águas dos rios Capibaribe e Beberibe e mangues que cortam a cidade, foram construídas seis pontes que já viraram cartões-postais da cidade, com destaque para a Ponte Maurício de Nassau (Recife Antigo), mais antiga da América Latina, datada de 1643.

Ponte Maurício de Nassau
Ponte Maurício de Nassau - Foto: Família Müller

As belezas naturais não ficam para trás. As praias urbanas, como a de Boa Viagem, com 7 km de extensão, tem mar esverdeado e um arrecife que na maré baixa forma piscinas naturais. Nela o banho só é indicado nas piscinas, há placas por toda a praia alertando para a presença de tubarões na maré alta, quando se deve evitar entrar na água. Seu calçadão tem quiosques, bares e quadras poliesportivas. Menos movimentada, a praia do Pina é vizinha de Boa Viagem – também desaconselhada para banhos na maré alta por causa dos tubarões – conta com infraestrutura menor, mas semelhante à de Boa Viagem. Recife dispõe de ótimos hotéis e restaurantes de primeira. É uma capital agitada, está sempre em movimento.

Praia de Boa Viagem
Praia de Boa Viagem - Foto: Família Müller

Arena Pernambuco

Construída para a Copa de 2014, a arena é moderna e funcional. Cercada por outros empreendimentos, está localizada na zona metropolitana da cidade, a 19 km do Aeroporto Internacional dos Guararapes. Com capacidade para 42.849 pessoas e erguida por meio de parceria público-privada, vai acolher partidas do Náutico. Na Copa o estádio vai receber cinco jogos: quatro da primeira fase e um da segunda. BR-408, São Lourenço da Mata –www.itaipavaarenapernambuco.com.br

Arena Pernambuco
Arena Pernambuco - Foto: Família Müller

Recife Antigo

Recife Antigo
Recife Antigo - Foto: Família Müller
Recife Antigo
Recife Antigo - Foto: Família Müller

Andar pelo Recife Antigo é como viajar no tempo. A cidade nasceu à beira do rio Capibaribe, onde estão o porto, em processo de revitalização; o Marco Zero, a praça onde acontecem os principais eventos culturais; os casarões em estilo colonial, como o Edifício Arnaldo Dubeux, antigo prédio da Bolsa de Valores que deu lugar à Caixa Cultural Recife, espaço que reúne um museu com o acervo do banco, salas de exposição (gratuitas), teatro, sala de oficinas.

Marco Zero e prédio da Caixa Cultural
Marco Zero e prédio da Caixa Cultural - Foto: Família Müller
Marco Zero
Marco Zero - Foto: Família Müller

O Instituto Cultural Banco Real (antigo Instituto Cultural Bandepe), com arquitetura do início do século XX, oferece exposições abertas ao público; e o Centro de Artesanato de Pernambuco (www.artesanatodepernambuco.pe.gov.br ), um prédio moderno onde estão expostos para apreciação e venda peças artesanais de todas as regiões do estado, conta também com espaço gastronômico.

Centro de Artesanato de Pernambuco
Centro de Artesanato de Pernambuco - Foto: Família Müller

Bem em frente está o Parque de Esculturas Francisco Brennand, que integra o projeto “Eu vi o mundo… Ele começava no Recife” – um conjunto de 90 esculturas construído sobre um molhe de recifes. Para visitar o acervo, pode-se pegar um barco para fazer a travessia até o arrecife ou seguir por terra, por outro acesso.

Parque de Esculturas Francisco Brennand
Parque de Esculturas Francisco Brennand - Foto: Família Müller
Parque de Esculturas Francisco Brennand
Parque de Esculturas Francisco Brennand - Foto: Família Müller
Vista do Recife Antigo do Parque de esculturas
Vista do Recife Antigo do Parque de esculturas - Foto: Família Müller

Na rua do Bom Jesus, antiga rua dos Judeus, a influência holandesa está expressa no estilo arquitetônico do casario colorido. Aqui está a Kahal Zur Israel, a primeira sinagoga das Américas. A ocupação holandesa trouxe a Recife grande número de judeus, que atravessaram o oceano para se instalar nas novas terras. A visita guiada à edificação conta a trajetória dessa comunidade, que, expulsa de Pernambuco, seguiu para o outro lado das Américas, onde fundaram “Manhattan”, em Nova York.

Rua do Bom Jesus
Rua do Bom Jesus - Foto: Família Müller
Sinagoga Kahal Zur Israel
Sinagoga Kahal Zur Israel - Foto: Família Müller
Sinagoga Kahal Zur Israel
Sinagoga Kahal Zur Israel - Foto: Família Müller

Embaixada dos Bonecos Gigantes

Instalada num dos casarões históricos da rua Bom Jesus, expõe os ícones do carnaval pernambucano. A exposição permanente conta com 45 bonecões, entre eles os de Alceu Valença, Chacrinha, Ayrton Senna, Domiguinhos, Luiz Gonzaga, Lampião, dom Pedro I, Maurício de Nassau.
www.bonecosgigantesdeolinda.com.br

Embaixada dos Bonecos Gigantes
Embaixada dos Bonecos Gigantes - Foto: Família Müller

Bem perto, está a Torre Malakoff, construída na época da Guerra da Crimeia (século XIX) e, revitalizada, funciona como espaço de disseminação da cultura pernambucana e palco de shows culturais; no topo do edifício, o Observatóriodescortina uma das mais bonitas vistas do Recife Antigo. Na rua Apolo está o Teatro Apolo, de estilo neoclássico, que, inaugurado em 1842, funciona com salas de cinema. Compondo essa relação entre passado e presente, o Shopping Center Paço Alfândega (www.pacoalfandega.com.br), tombado como Patrimônio Histórico, foi por quase cem anos o Convento dos Padres da Ordem de São Felipe Néri, em 1826 passou a funcionar como sede da Alfândega e atualmente, com suas características preservadas, o prédio abriga um sofisticado centro comercial. Turistas e moradores movimentam os fins de semana na área do Recife Antigo. Não é raro encontrar grupos que ensaiam o batuque do maracatu pelas ruas e esquinas.

Maracatu
Maracatu - Foto: Família Müller

Há bicicletas para alugar, e pedalar por entre toda essa história é uma ótima opção. Aos domingos, a partir das 14h, na rua do Bom Jesus e em torno da praça do Arsenal, ocorre a Feirinha da Rua Bom Jesus, onde, além do artesanato local, há comércio de objetos antigos e usados e outros tipos de mercadorias, além de comes e bebes.

Feirinha da Rua Bom Jesus
Feirinha da Rua Bom Jesus - Foto: Família Müller

Quando a noite cai, a dica é contemplar os prédios iluminados do Recife Antigo num passeio de catamarã (também no fim da tarde, às 16h). O tour parte do Forte das Cinco Pontas e segue percorrendo o rio Capibaribe, passando por baixo de cinco pontes (12 de Setembro, Maurício de Nassau, Manuel Buarque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho); no caminho estão o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da rua da Aurora. Durante a navegação um guia conta histórias e curiosidades de Recife. É um passeio imperdível!

Vista de recife Antigo no Passeio de Catamarã
Vista de recife Antigo no Passeio de Catamarã - Foto: Família Müller
Passeio de Catamarã
Passeio de Catamarã - Foto: Família Müller

Todas as terças-feiras, completando o passeio, há um show folclórico que apresenta os ritmos e danças típicas, como maracatu, frevo e forró, enquanto conta a história de Pernambuco. O show pode ser acompanhado de um jantar que serve pratos regionais e com frutos do mar, no Restaurante Catamarã, onde se dão o embarque e o desembarque do passeio.
www.catamarantours.com.br

Show folclórico
Show folclórico - Foto: Família Müller
Show folclórico
Show folclórico - Foto: Família Müller

Forte das Cinco Pontas – Museu da Cidade do Recife

Construído pelos holandeses em 1630, o forte, que tinha mesmo cinco pontas, acabou por perder uma delas numa reconstrução depois da guerra que expulsou os europeus do Brasil. Desde 1982 abriga o Museu da Cidade do Recife, com acervo composto de fragmentos arqueológicos e painéis que reproduzem mapas, pinturas, litografias e fotos da história urbana e social de Recife.
www.recife.pe.gov.br/cultura/museucidade.php

Forte das Cinco Pontas
Forte das Cinco Pontas - Foto: Família Müller

Museus

Museu do Estado de Pernambuco
Avenida Rui Barbosa, 960 – Graças
www.cultura.pe.gov.br/museu.html

Museu do Homem do Nordeste
Avenida 17 de Agosto, 2187, Casa Forte
Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam)
Rua da Aurora, 265 – Boa Vista
www.mamam.art.br ‎

Museu de Arte Popular
Pátio de São Pedro, casa 49 – São José
http://museudeartepopular.wordpress.com/

Museu da Imagem e do Som (Mispe)
Casa da Cultura, raio norte, 1º andar, na sala da antiga administração
www.cultura.pe.gov.br/museu2.html

 

Museu Militar do Forte do Brum
Praça Comunidade Luso-Brasileira, s/n – Bairro do Recife
www.7rm7de.eb.mil.br/ass_cult/forte.php?opc=1

Museu Murillo La Greca
Rua Leonardo Cavalcanti, 366 – Parnamirim
http://museumurillolagreca.com.br
Museu da Abolição
Rua Benfica, 1150 – Madalena
www.museudaabolicao.com.br

Casa do Carnaval
Pátio de São Pedro, 52 – São José
http://casadocarnaval.blogspot.com.br

Memorial Chico Science
Pátio de São Pedro, casa 21 – São José
www.recife.pe.gov.br/chicoscience/

Memorial Luiz Gonzaga
Pátio de São Pedro, casa 35 – São José
http://memorialluizgonzaga.blogspot.com.br

Espaço Pasárgada
Rua da União, 263 – Boa Vista
http://espaco-pasargada.blogspot.com.br

Museu de Ciências Naturais
Praça Farias Neves, s/n – Dois Irmãos

Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano
Rua do Hospício, 130 – Boa Vista
www.institutoarqueologico.com.br

Fundação Gilberto Freyre

Original do século XIX e reformada em 1881, a casa que foi moradia do grande escritor Gilberto Freyre é aberta ao público em forma de museu. Além do acervo com um
conjunto de objetos colecionados por Freyre, com destaque para as fotografias da família, os livros, as imagens sacras católicas, misturadas às peças de origem africana, os azulejos portugueses da decoração, em contraste com peças da arte popular brasileira, entre outros objetos. A visita guiada conta a trajetória do escritor e leva aos jardins da casa, preservados com mata nativa, exatamente como concebidos por Freyre.
Rua Dois Irmãos, 320 – Apipucos
http://www.fgf.org.br

Fundação Roberto Freire
Fundação Roberto Freire - Foto: Família Müller

Instituto Ricardo Brennand

Ricardo Brennand começou sua coleção de armas ainda criança, ao ganhar um canivete. Os anos se passaram e há mais de 50 anos o empresário pernambucano vem formando um acervo não apenas de armas (uma das maiores coleções de armas brancas do mundo, com mais de 3 mil peças, entre as quais 27 armaduras medievais completas), mas também de obras de arte, mobiliário, tapeçaria e artes decorativas provenientes da Europa, Ásia, América, África. Há objetos históricos, destacando-se a documentação histórica e iconográfica relacionada ao período colonial e ao Brasil holandês, que inclui uma importante coleção de pinturas de Frans Post, um dos artistas integrantes da comitiva de Maurício de Nassau. O cenário da exposição O Julgamento de Fouquet (ocorrido na França em 1661) é composto por bonecos de cera esculpidos com perfeição. Ricardo Brennand ergueu um castelo, nomeado Castelo São João, para preservar sua coleção. A parte externa do edifício é cercada por lagos e jardins que também exibem esculturas.
Alameda Antônio Brennand, s/n – acesso pelas avenidas Caxangá (para quem vem do centro) e Recife (para quem vem de Boa Viagem).
www.institutoricardobrennand.org.br

Instituto Ricardo Brennand
Instituto Ricardo Brennand - Foto: Família Müller
Instituto Ricardo Brennand
Instituto Ricardo Brennand - Foto: Família Müller

Oficina Brennand

As obras de Francisco Brennand estão espalhadas por toda a cidade. Sem dúvida a mais famosa é o obelisco instalado entre outras esculturas do artista, no Parque de Esculturas Francisco Brennand, de frente ao Marco Zero. Francisco tem uma forma muito particular de expressar a arte, o que se pode notar apreciando suas esculturas. A visita a seu ateliê permite ao visitante mergulhar nesse mundo surreal. Instalado em uma área de 15 mil m2 de um antigo engenho colonial, o espaço exibe centenas de esculturas e pinturas expostas em galpões e num jardim com alamedas e lagos.
Propriedade Santos Cosme e Damião, s/n – Várzea. Acesso pela avenida Caxangá
www.brennand.com.br

Oficina Francisco Brennand
Oficina Francisco Brennand - Foto: Família Müller
Oficina Francisco Brennand
Oficina Francisco Brennand - Foto: Família Müller

Mercado Público de São José

Inspirado na estrutura neoclássica dos mercados europeus do século XIX, o mercado municipal de Recife, localizado no bairro de São José e inaugurado em 1875, é o mais antigo do Brasil e o primeiro pré-fabricado em ferro no país. Além de ingredientes da culinária nordestina, há diversas lojas de artesanato que comercializam lembranças de todo o estado.
Praça Dom Vital, s/n – São José

Gastronomia

Recife figura entre as cidades com mais restaurantes estrelados no país. A influência culinária herdada dos povos indígenas, africanos e europeus confere à gastronomia da cidade (e do estado) características únicas que estão na mesa dos principais restaurantes da cidade.

Villa Cozinha de Bistrô
Localizado no charmoso bairro do Espinheiro. Num ambiente sofisticado, serve pratos não menos glamorosos inspirados na culinária francesa que atendem os mais requintados paladares.
Rua da Hora, 330
www.villacozinhadebistro.com.br

Churrascaria Spettus
Com ambiente moderno e arrojado, com amplos salões e lounge, diferencia-se das churrascarias tradicionais pelo rodízio de lagosta, preparada de formas diferentes e saborosas.
Avenida Governador Agamenon Magalhães – Pista Lateral, 2132 – Derby
www.spettus.net

Churrascaria Sal e Brasa
A rede, que conta com restaurantes em outros estados nordestinos, serve o churrasco em rodízio e uma farta mesa de bufê que inclui pratos da cozinha oriental e árabe.
Avenida Recife, 451-A – Imbiribeira
www.churrascariasalebrasa.com.br

Bistrô e Boteco
O bistrô – sempre movimentado – faz parte do complexo do prédio do Centro de Artesanato de Pernambuco, ao lado do Marco Zero. As melhores mesas ficam na varanda com vista para o rio Capibaribe, e os petiscos de “boteco” são o carro-chefe, mas os pratos do cardápio e o bufê do almoço são ótimas opções também.

O Grupo Ilha (http://grupoilha.com.br), formado por seis restaurantes com culinárias e ambientes diferenciados, é uma ótima opção para experimentar um pouco de tudo da cozinha pernambucana:

Restaurante e Pizzaria Ilha da Kosta I
Rua Padre Bernardino Pessoa, 50 – Boa Viagem

Restaurante e Self-Service Ilha da Kosta II
Rua Maria Carolina, 80 – Boa Viagem

Ilha do Guaiamum Bar e Restaurante
Rua Maria Carolina, 68 – Boa Viagem

Restaurante Ilha Sushi
Rua Maria Carolina, 68 – Boa Viagem

Restaurante Ilha Sertaneja
Rua Dr. Nylo Dornelas Câmara, 16 (na praça de Boa Viagem)

Ilha dos Navegantes Bar e Restaurante
Rua dos Navegantes, 2055 – Boa Viagem

Île de Crepe Creperia
Avenida Conselheiro Aguiar, 2983 – Boa Viagem

Hospedagem

Golden Tulip Recife Palace
Localizado na praia de Boa Viagem, com apartamentos amplos e confortáveis, todos com vista para o mar, conta com um bar no lobby, restaurante e um café da manhã bem servido.
Avenida Boa Viagem, 4070
www.goldentuliprecifepalace.com

Olinda

 

"Oh, linda situação para construir uma vila!", teria dito o português Duarte Coelho, primeiro donatário da capitania de Pernambuco, quando aqui chegou. A história popular conta que o encantamento do fidalgo foi tanto que nomeou Olinda, a cidade. Está localizada na área metropolitana de Recife, e as duas cidades praticamente se misturam. Caminhar por Olinda é a melhor pedida. Mesmo com o sobe e desce de ladeiras, não cansa, pois a cada esquina você para e contempla o conjunto do casario colonial, as belíssimas igrejas barrocas ou até mesmo rouba alguns momentos da caminhada para imaginar o carnaval de rua alegre e agitado, com muita gente em volta dos bonecos gigantes que dançam ao som das marchinhas, do frevo e do maracatu – um espetáculo!

Olinda
Olinda - Foto: Família Müller

Não é sem motivo que Olinda foi a segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco. O centro histórico, chamado também de Cidade Alta, chama a atenção pelas características únicas: os monumentos e o colorido do casario colonial surgem entre a vegetação tropical destacando ainda mais sua beleza.

Olinda
Olinda - Foto: Família Müller
Casario colonial
Casario colonial - Foto: Família Müller

 

A Catedral da Sé (1540), a mais importante igreja da cidade, construída no alto de uma colina, descortina uma das mais bonitas vistas de Olinda, com o mar e Recife por trás. No seu interior, o destaque são os altares laterais folheados a ouro e os azulejos portugueses.

Catedral da Sé
Catedral da Sé - Foto: Família Müller

O Convento de São Francisco, o primeiro da Ordem Franciscana no Brasil, além das quatro capelas, abriga no pátio interno painéis de azulejos portugueses que retratam a vida e a morte de São Francisco.

A Igreja e Mosteiro de São Bento são totalmente barrocos e ricamente decorados; seu altar, considerado umas das mais belas artes sacras do mundo, tem 14 metros de altura e é todo folheado a ouro. Destacam-se também a sacristia suntuosa e os belíssimos painéis do teto.

Igreja e Mosteiro de São Bento
Igreja e Mosteiro de São Bento - Foto: Família Müller

Entre as igrejas que também merecem uma visita estão o conjunto formado pela basílica e o convento de Nossa Senhora do Carmo (século XVIII), a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia (1540) e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (século XVII). O Mercado da Ribeira (século XVI), que foi local de venda de escravos e hoje abriga lojas de artesanato, fica de frente para as ruínas do antigo Senado de Olinda (século XVII), onde Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em favor da República no Brasil, em 1710.

igreja de Nossa Senhora do Carmo
igreja de Nossa Senhora do Carmo - Foto: Família Müller
Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia
Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia - Foto: Família Müller

O centro histórico é repleto de museus e ateliês. A arte, em todas as suas expressões, está na alma de Olinda, o que reflete a preocupação em incentivar e valorizar a cultura local. Nos domingos ao fim da tarde, há ensaios de grupos de maracatu e feira de artesanato no largo do Varadouro. Outro ponto turístico interessante é a Casa dos Bonecos Gigantes, onde ficam guardados os bonecos que desfilam no carnaval.

Casa dos Bonecos Gigantes
Casa dos Bonecos Gigantes - Foto: Família Müller

Gastronomia

Restaurante Patuá Delícias do Mar
O cardápio sofisticado, recheado de delícias da cozinha regional contemporânea, é servido num ambiente charmoso e descontraído. A dica do prato completo: Taperoá (entrada com camarões flambados sobre discos de banana frita com cobertura de calda exótica), Lagosta Sapeca (ao perfume de manga e maracujá, servida com arroz de açafrão e cubos de queijo manteiga), Huuuuuuum!!! (cocada mole de coco fresco em leite condensado, com sorvete de tapioca e bananas caramelizadas).
Rua da Ribeira, 79
www.restaurantepatua.com.br

Restaurante Beijupirá
Sobre a paisagem dos telhados, casarios e coqueirais do centro histórico, o sofisticado restaurante tem nos pratos servidos com o peixe homônimo o melhor do cardápio. O
Beiju castanha (filé de peixe grelhado na chapa, coberto com castanhas-de-caju, arroz de espinafre e batatas na manteiga flambada) é nossa dica.
Rua Saldanha Marinho, s/n – Alto da Sé
www.beijupiraolinda.com.br

Porto de Galinhas

Conta a lenda popular que Porto de Galinhas foi assim chamado por causa do comércio ilegal de negros, que, trazidos clandestinamente, eram escondidos em engradados de galinhas-d’angola. Assim que os contrabandistas aportavam na praia, a notícia se espalhava: “Tem galinha nova no porto!”. O balneário cresceu e deixou essa história num passado distante. Com praias de areias brancas, um mar cristalino e esverdeado, colorido por jangadas e coroado pelo céu azul, Porto de Galinhas vive hoje momentos muito mais glamorosos! Acostumado a receber turistas de todo o Brasil e do mundo, o badalado balneário pertence ao município de Ipojuca e mantém sua infraestrutura turística muito bem organizada. Grandes hotéis, pequenas pousadas, restaurantes, agências e a comunidade local trabalham unidos em favor do turista, o que garante a Porto de Galinhas boa ocupação durante o ano todo. Assim, seja qual for o período de suas férias, aqui tudo estará funcionando.

Caminhar pelas ruas do centrinho é a melhor opção para se ambientar, conhecer as lojinhas de artesanato, as múltiplas opção gastronômicas, a moda sofisticada e galerias de arte.

centrinho
centrinho - Foto: Família Müller

O tradicional passeio de jangada sai da praia do centro (ou da vila), na maré baixa, e leva o turista às piscinas naturais de águas mornas e cristalinas, represadas por recifes de coral. O passeio inclui caminhada sobre uma parte dos recifes e mergulho com snorkel numa das piscinas naturais. Por mais que as jangadas se espalhem por boa parte das piscinas, apenas alguns locais estão abertos à visitação. Os próprios jangadeiros fiscalizam as áreas de proteção, visando à sustentabilidade e à preservação dos corais.

Jangadas
Jangadas - Foto: Família Müller
Jangadas
Jangadas - Foto: Família Müller
Mergulho
Mergulho - Foto: Família Müller

A acessibilidade também está na praia, com jangadas e banho de mar especialmente planejados para portadores de deficiência.

Acessibilidade na praia
Acessibilidade na praia - Foto: Família Müller

O passeio de buggy pelo roteiro "ponta a ponta" é uma das melhores opções para conhecer as praias de Porto de Galinhas. O bugueiro pega o turista no hotel e começa pela praia do Muro Alto, onde se localiza a maioria dos grandes hotéis e resorts. O atrativo é a grande piscina natural com águas claras e calmas, formada na maré baixa devido a uma barreira de corais na frente da praia. O passeio passa pela quase deserta praia de Cupe e do Centro e segue para a deMaracaípe – ponto de encontro de surfistas por causa das ondas que chegam até 2 metros de altura – e para no pontal de Maracaípe, onde a atividade principal é navegar de jangada pelo encontro do rio com o mar, passando pelo mangue, berço de cavalos-marinhos. Com águas calmas e mornas, a praia do Pontal de Maracaípe é apropriada para banhos e passeios de caiaque.

Passeio no mangue
Passeio no mangue - Foto: Família Müller
cavalo Marinho
cavalo Marinho - Foto: Família Müller

Em Maracaípe está a sede do Projeto Hippocampus, que visa preservar os cavalos-marinhos da região de Porto de Galinhas, e ensinar à comunidade conceitos de preservação. No espaço da base, estão expostos aquários com cavalos-marinhos e outros peixes. Na visita guiada o visitante aprende sobre a vida desses animais tão fascinantes e delicados.
Rua da Esperança, 700
www.projetohippocampus.org

Projeto Hippocampus
Projeto Hippocampus - Foto: Família Müller

Ateliê de Carcará

Não pode faltar na agenda de quem visita Porto de Galinhas a visita ao ateliê de Gilberto Carcará. Com seu jeito simples e uma trajetória artística excepcional, Carcará tem um lugar marcante na cidade. Procurando materiais diferentes para expressar sua arte, encontrou na raiz e no tronco de um coqueiro uma de suas matérias-primas. Ao mudar-se de Olinda para Porto de Galinhas, pensando em criar um símbolo para cidade, esculpiu uma enorme galinha numa dessas raízes. O sucesso foi tanto que Carcará cria a famosa galinha em vários temas: galinha dona de casa, galinha turista, galinha surfista etc. Na porta de muitos estabelecimentos comerciais, em hotéis, na rua, lá está ela: a galinha do Carcará – o símbolo de Porto de Galinhas. Carcará adora receber os turistas e contar sua história, e o ateliê está sempre aberto para quem deseja compartilhar bons momentos e contemplar as obras do artista, que faz outros artesanatos e pinturas de painéis, alguns disponíveis para venda.
Estrada PE-009, km 7

Atelier de Carcará
Atelier de Carcará - Foto: Família Müller

 

Gastronomia

A gastronomia também ocupa lugar de destaque em Porto de Galinhas, com restaurantes que oferecem pratos à base de frutos do mar e da cozinha regional.

Gatos de Rua
Reunindo o restaurante a um bar e a uma loja, o Gatos de Rua é um espaço muito especial. No térreo fica a loja, que comercializa moda, artigos para decoração e adereços sofisticados produzidos com material reciclado; na área aberta, funciona um charmoso bar. No primeiro andar, num ambiente bem decorado à meia-luz, o restaurante serve pratos elaborados com frutos do mar com um toque requintado. A lagosta à moda da casa é fabulosa!
Rua Bejupira, s/n, Loja 11 – Centro
www.gatosderua.com.br

Domingos Restaurante
Num ambiente bem decorado e sofisticado, o cardápio oferece pratos variados. Experimente o camarão ao molho de ervas e batatas coradas.
Rua Bejupira, s/n – Galeria Paraoby
www.domingosrestaurante.com.br

Restaurante Peixe na Telha
De frente para o mar, a especialidade é a homônima: o peixe na telha. Inesquecível!
Avenida Beira-Mar, 40B - Centro
www.peixenatelha.com.br
João Restaurante
Experimente o peixe puxado no molho de manga com batata e salada.
Avenida Beira Mar, s/n, casa 01, Vila de Todos os Santos – Maracaipe
www.joaorestaurante.com.br

Hospedagem

Sumerville Beach Resort
Com o pé na areia da belíssima praia de Muro Alto, com paisagismo integrado à mata nativa, o resort oferece ótima infraestrutura, especialmente para famílias. Os funcionários são atenciosos e a área de lazer e serviços, bem diversificada. O café da manhã é farto, com produtos orgânicos e naturais, com bolos, quitutes e outras gostosuras. Os bangalôs de frente para a praia são mais isolados e espaçosos.
Praia de Muro Alto, s/n
www.ponteshoteis.com.br/summerville-resort

Praia de Muro Alto - Vista do Sumerville Resort
Praia de Muro Alto - Vista do Sumerville Resort - Foto: Família Müller

Para outras informações sobre hospedagem, agências e passeios em Porto de Galinhas, acesse o site:www.ahpg.com.br.

Praia dos Carneiros

Considerada uma das mais belas do estado, essa praia paradisíaca tem semelhanças com as outras do estado – coqueiros, areia clara e um mar verde-esmeralda, com recifes que formam piscinas naturais na maré baixa –, mas no lado esquerdo o encontro com o rio Formoso confere uma beleza especial que a destaca das demais. Rústica, praticamente selvagem, o acesso é complicado. O melhor é escolher um dos bares de frente para a praia e aproveitar o dia com mordomia. O Bora-Bora é a melhor opção, com boa infraestrutura para atender o turista: estacionamento, restaurante, que serve pratos preparados na hora, petiscos e bebidas, quiosques, banheiros, playground, além de estar localizado num dos trechos mais exuberantes da praia. Do Bora-Bora sai o passeio de catamarã, que, operado pela JR Thrur-thur, segue pelo rio, passando por uma igreja branquinha, dedicada a São Benedito, e por um banco de areia (para fotos) e segue até o mangue, onde o turista pode se lambuzar com um bom banho de lama. Durante a navegação do catamarã, um grupo folclórico de forró se apresenta para animar o grupo.

Bora-Bora
Praia dos Carneiros
www.bbcarneiros.com.br

Praia de Carneiros
Praia de Carneiros - Foto: Família Müller
Igreja de São Benedito
Igreja de São Benedito - Foto: Família Müller
Forró no catamarã
Forró no catamarã - Foto: Família Müller

Fernando de Noronha

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha - Foto: Família Müller

O arquipélago de Fernando de Noronha é o sonho de viagem da maior parte dos brasileiros e de muitos estrangeiros. Formado por 21 ilhas e ilhotas (apenas a ilha principal é habitada), abriga as praias mais bonitas do Brasil. O mar cristalino, que vai de um verde-esmeralda a um azul intenso, em contraste com as formações rochosas mostra o capricho da natureza. Cada detalhe do arquipélago parece ter sido cuidadosamente desenhado para que fosse um lugar muito especial, inspirador. Mesmo considerando as palavras de Vespúcio ao desembarcar na ilha em 1503 – "O paraíso é aqui!" –, poderíamos dizer que chega a ser mais que um lugar paradisíaco.

Baía dos Porcos
Baía dos Porcos - Foto: Família Müller

A diversidade da vida marinha é tão rica que Fernando de Noronha é considerado um dos melhores lugares do mundo para a prática de mergulho livre e autônomo com cilindro. Para preservar esse ecossistema, habitat de espécies endêmicas, a maior parte da ilha foi declarada Parque Nacional Marinho, considerado pela Unesco sítio do Patrimônio Mundial Natural. A porção urbana da ilha e as áreas destinadas à preservação dos recursos naturais e da vida silvestre foram declaradas APA (Área de Preservação Ambiental).

Fernando de Noronha - Dois Irmãos
Fernando de Noronha - Dois Irmãos - Foto: Família Müller

A caminhada histórica, oferecida pelas agências receptivas, remete o turista à história da ilha. Fernando de Noronha foi presídio para condenados a longas penas. Esses presos ergueram as principais edificações da vila, planejadas para atender o sistema carcerário da época. Para evitar que os presos fugissem e se escondessem, a maior parte da vegetação nativa foi derrubada, sobrando pouquíssimos lugares com a mata primária. Durante anos, a ilha funcionou como base militar, recebendo presos políticos. A caminhada começa na vila dos Remédios, núcleo principal da ilha, onde está a maior parte do patrimônio histórico. A primeira parada é no Palácio São Miguel (1948), erguido sobre as ruínas da antiga diretoria do presídio, hoje sede administrativa da ilha. Mais abaixo, ao lado dos canhões que ficam diante do palácio, se encontram as ruínas do antigo depósito de produtos agrícolas. Na vila estão também: a primeira escola (atual prédio do Santander); a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios (1772), dedicada à padroeira do arquipélago e um dos principais pontos de referência; a Associação de Artesãos, que comercializa peças do artesanato e obras de artistas plásticos locais, e o Memorial Noronhense (Espaço Cultural Américo Vespúcio), instalado em uma edificação que compõe um casario do século XVIII, onde a história de Fernando de Noronha é contada em enormes painéis com fotos, mapas e outros registros que incluem as diversas ocupações e a presença dos americanos no período da Segunda Guerra Mundial.

Igreja Nossa Senhora dos Remédios
Igreja Nossa Senhora dos Remédios - Foto: Família Müller
Palácio São Miguel
Palácio São Miguel - Foto: Família Müller

Dali está a passagem para as praias mais próximas do centro, a do Cachorro, do Meio e Conceição, onde há uma parada para banho. mais tarde, a dica é voltar para a praia e praticar o Standup padlle ao por do sol.

Praia da Conceição
Praia da Conceição - Foto: Família Müller
Standup padlle
Standup padlle - Foto: Família Müller

A caminhada histórica termina no Forte de Nossa Senhora dos Remédios, maior fortificação erguida pelos portugueses no século XVIII para defender a ilha, o qual funcionou como presídio para presos comuns e políticos até 1942. Como está construído num terreno alto, o programa é ficar por ali para assistir ao pôr do sol da parte alta do forte, uma das vistas mais bonitas da ilha.

Forte Nossa Senhora dos Remédios
Forte Nossa Senhora dos Remédios - Foto: Família Müller
Vista do Forte
Vista do Forte - Foto: Família Müller

No primeiro dia em Fernando de Noronha, a dica é fazer o passeio denominado llha Tour, que passa por todos os atrativos e é perfeito para o turista se ambientar. Antes de sair para os passeios, é preciso pagar o ingresso para visitar a área do parque nacional marinho. A melhor opção é pagar no quiosque na praça Flamboyant, no dia da chegada. Com a taxa paga, o turista recebe um cartão magnético com sua foto. Esse é o passaporte para os melhores atrativos, cuja apresentação é obrigatória em todos os locais preservados pelo parque – então se assegure de levá-lo todos os dias com você. Para esse passeio, que ocupa o dia inteiro, o ideal é estar vestido com roupa de banho e levar uma mochila com toalha, uma muda de roupa seca, protetor solar e repelente, máscara, snorkel e nadadeiras (se tiver); caso não tenha esse equipamento de mergulho, poderá alugá-lo na agência receptiva, logo na saída do tour (não deixe de fazê-lo). Há parada para o almoço, e alguns dos locais contam com pelo menos uma lanchonete. No entanto, você vai pagar mais do que o dobro por qualquer coisa, inclusive pela água. A dica é se abastecer num dos supermercados locais e levar água (muita), barrinhas de cereais ou alguma outra coisa na mochila. As agências não obedecem exatamente à mesma sequência para o roteiro, até para não haver superlotação em algum dos pontos turísticos, mas todas passam pelos mesmos lugares.

Mirante do Leão

 

O nome refere-se a uma rocha em meio ao mar que se assemelha ao formato de um leão-marinho deitado. Ao lado, o morro da Viuvinha, outra formação rochosa, fica repleto de aves marinhas que fazem ninhos nas fendas. Na areia abaixo do mirante acontece a maior desova de tartarugas da ilha; por isso, não é permitido o banho e a areia tem áreas delimitadas onde não se pode caminhar.

Mirante do leão
Mirante do leão - Foto: Família Müller

Baía do sueste

Com mar calmo e uma vista linda, a baía é local de alimentação de tartarugas marinhas, que buscam alimentos nos recifes de coral. O mergulho só pode ser realizado numa área delimitada por boias, que compreende o lado direito da praia. Em várias partes é possível avistar as tartarugas se alimentando, e próximo ao costão há a possibilidade de avistar tubarões, que não oferecem perigo ao banhista. Em algumas épocas do ano, o mar não está tão claro devido à concentração de algas marinhas, o que torna difícil avistar os animais; então o melhor é curtir a beleza da praia, que abriga um dos únicos e raríssimos mangues insulares.

Sueste
Sueste - Foto: Família Müller
Tartaruga avistada no Sueste
Tartaruga avistada no Sueste - Foto: Família Müller

Praia do Sancho

Sem dúvida, a Sancho é digna do título “praia mais bonita do Brasil”! Do mirante a vista da areia dourada – emoldurada por um paredão rochoso, de onde escorre uma delicada queda d’água – e banhada pelo mar cristalino de tom azul-turquesa é uma das mais marcantes, um daqueles cenários que ficam eternamente na memória. Ali está uma escada de alumínio que passa por uma fenda na pedra e leva à praia. O mergulho é irresistível: não se esqueça de descer com máscara e snorkel. É um lugar para voltar num outro momento e curtir com calma. Retornando à parte superior e seguindo a trilha percorrida num deque de madeira, está a vista mais fotografada da ilha: é nesse ponto que se avista a famosa baía dos Porcos e “Dois Irmãos”, formações rochosas assim chamadas por estarem lado a lado e terem formas estruturais bem semelhantes.

Praia do Sancho
Praia do Sancho - Foto: Família Müller
Mergulho livre na praia do Sancho
Mergulho livre na praia do Sancho - Foto: Família Müller

Praia da Cacimba do Padre

 

Além da beleza, a praia ficou famosa pelas ondas perfeitas para os surfistas. Em algumas épocas do ano, recebe campeonatos de surf, quando chegam atletas de todas as partes do mundo. O nome vem da época em que o capelão do presídio descobriu uma fonte de água potável e construiu uma cacimba (poço) com 14 metros de profundidade, hoje desativado. Na maré baixa, dá para seguir caminhando pela praia até bem perto dos “Dois Irmãos”.

Praia da Cacimba do Padre
Praia da Cacimba do Padre - Foto: Família Müller

Museu dos Tubarões

 

Exibe um acervo com arcadas dentárias das varias espécies que habitam o arquipélago. A exposição é bem organizada e interessante, distribuída em painéis que informam sobre as características dos tubarões, mostrando como são importantes para o ecossistema. Conta com uma lojinha de suvenires e um restaurante que prepara quitutes com carne de tubarão – entre eles o “tubalhau”, bolinho feito com carne de tubarão salgada. Na enseada em frente ao museu, alguns tubarões podem ser avistados do mirante, na maré cheia. Do outro lado, está o Buraco da Raquel, uma enorme pedra com um buraco no centro. Conta a história que Raquel, a filha de um militar, costumava esconder-se no buraco para namorar...

Museu dos Tubarões
Museu dos Tubarões - Foto: Família Müller

Mirante do Boldró

O Ilha Tour termina aqui. Ao fim da tarde, no Boldró se encontram todos os grupos que partiram no tour, entre turistas e moradores que vêm para o mais popular palco a fim de assistir ao pôr do sol na ilha. O astro rei se põe por detrás dos “Dois Irmãos”. Em algumas épocas do ano, o sol se põe bem em meio às duas formações rochosas. Em dias nublados, você pode assistir a um “eclipse nuvial”, definição dos locais para quando o sol se põe por trás das nuvens. Não se esqueça de caprichar no repelente, pois, mesmo que não sinta coceiras, está sendo picado. O resultado dessas picadas aparece nos dias subsequentes.

Mirante do Boldró
Mirante do Boldró - Foto: Família Müller

Mergulho

Praia do Atalaia
É a única da ilha que tem o acesso controlado pelo Ibama. São permitidas apenas cem pessoas por dia, divididas em grupos de 25, com presença obrigatória de um guia. A praia encontra-se no mar de fora e, para chegar a ela, é preciso percorrer uma trilha. A visitação acontece todos os dias, e cada grupo tem permissão para ficar apenas 20 minutos na água. O mergulho se dá sempre e obrigatoriamente na maré baixa, que forma uma piscina natural represada por corais, considerada o berçário de Fernando de Noronha. Procure aproveitar bem os seus momentos na água, fique próximo ao guia, que mostra ao grupo a vida marinha. É possível observar filhotes de muitas espécies, como os de tubarão-limão, polvo, vários peixes, crustáceos em geral (entre eles o camarão-palhaço), enguias e muitos outros. O mergulho é espetacular e imperdível. Não é permitido o uso de protetor solar, repelente e nadadeiras, tampouco tocar os corais; por isso, é obrigatório o uso de coletes para flutuação. Ao sair da água, aproveite para contemplar com calma a beleza da praia com o morro do Frade ao fundo.

Praia do Atalaia
Praia do Atalaia - Foto: Família Müller
Mergulho
Mergulho - Foto: Família Müller

Mergulho autônomo – batismo
O mergulho autônomo (com cilindro) em Fernando de Noronha é uma das atividades indispensáveis. Mesmo quem não tem o certificado para mergulhar não pode deixar de realizar o mergulho denominado “batismo”: o turista faz um curso rápido para aprender as noções básicas e, acompanhado de um instrutor, desce a no máximo até 13 metros de profundidade. O mar de Fernando de Noronha chega a ter uma visibilidade de mais de 30 metros; alguns dizem que chega a 50 metros. A água é bem cristalina, e ao mergulhar parece que se está flutuando num outro mundo. Esse fascinante mundo submerso se revela encantador e surpreendente. Durante os 25 minutos de mergulho (passa rápido demais), é possível avistar tartarugas, grandes tubarões-lixa e limão, dezenas de espécies de peixe, estrelas-do-mar, uma enorme diversidade de corais. No nosso mergulho tivemos o privilégio de presenciar uma moreia verde caçando. Fabuloso! O mergulho deve ser marcado com a agência com um dia de antecedência e um dia antes da sua viagem de retorno.

Atlantis Diver
A agência opera o mergulho na ilha há muitos anos e tem vasta experiência em fazer o “batismo”. Todos os batismos são acompanhados individualmente por um guia credenciado, oferecendo ao mergulhador toda a segurança e uma experiência inesquecível. Há um fotógrafo que acompanha o mergulho e registra os melhores momentos no fundo do mar.
Vila dos Remédios, s/n
www.atlantisdivers.com.br

Mergulho autônomo
Mergulho autônomo - Foto: Família Müller
Mergulho autônomo
Mergulho autônomo - Foto: Família Müller

Mergulho livre
O mergulho livre não decepciona em Fernando de Noronha, muito pelo contrário: uma máscara, um snorkel e um par de nadadeiras são suficientes para que o turista entre num mundo submerso com vida marinha diversificada e fabulosa. Entre outros pontos de mergulho, como o Sueste e o Sancho, a praia do Porto se apresenta como um dos melhores lugares para avistar tartarugas, arraias das espécies chita e cinza, cardumes enormes de variadas espécies de peixes de todos os tamanhos, tubarões-limão – a visibilidade alcança 30 metros. Com o mar calmo, é possível nadar até os destroços do chamado Navio do Porto, embarcação grega que afundou na década de 1930.

Arraia Chita avistada no mergulho no Porto
Arraia Chita avistada no mergulho no Porto - Foto: Família Müller
Cardume avistado no mergulho no Porto
Cardume avistado no mergulho no Porto - Foto: Família Müller

Plana Sub

O Plana Sub é praticado no Brasil apenas em Fernando de Noronha, por causa da transparência da água do mar. A atividade consiste em o praticante utilizar uma prancha especial, formulada especialmente para esse fim, se segurando numa cavidade dela, enquanto é puxado vagarosamente por um barco. Usando máscara e snorkel, graças à transparência da água, é possível avistar a vida marinha com muita facilidade, numa profundidade de até 30 metros. O design da prancha permite ao praticante efetuar manobras como ir de um lado a outro e mergulhar em apneia, com total controle. O passeio é oferecido em duas versões: o “Plana Sub” e o “Plana Sub – VIP”, que, além da atividade, inclui um churrasco a bordo, banho numa das praias e contemplação do pôr do sol de um ponto estratégico.

Plana Sub
Plana Sub - Foto: Família Müller

Expedições Projeto Navi – Natureza Viva

A hidronave, projetada para abrigar uma mega lente produzida com alta tecnologia para proporcionar uma perfeita visão subaquática, é uma atração por si só. A “nave” chama a atenção pelo desenho futurista que lembra uma nave de ficção científica, mexendo com o imaginário dos turistas. Partindo do Museu dos Tubarões, a expedição Projeto Navi une a diversão à informação. Esse modo de "Turismo de Expedição Científica", como se autodenomina o programa, ocorre em duas fases: a teórica, numa palestra ministrada por um biólogo sobre o arquipélago e a vida marinha do entorno, e a prática, a bordo da Navi. A expedição parte do porto e segue em direção ao alto-mar. Pelo caminho enormes grupos de golfinhos rotadores acompanham o barco. É emocionante vê-los passando ao lado e por debaixo do barco (através da megalente). A Navi faz paradas em locais estratégicos para observação da vida marinha – a lente no fundo do barco permite observar o fundo do mar com boa visibilidade. Durante o passeio, o biólogo fala das características das espécies avistadas. Os participantes recebem um folheto com as prováveis espécies a serem observadas. É uma atividade muito especial para as crianças.
www.projetonavi.com.br

Projeto Navi
Projeto Navi - Foto: Família Müller

Baia dos Golfinhos

 

Fernando de Noronha é o habitat dessa espécie de golfinhos que conseguem girar o corpo até sete vezes quando saltam fora da água. Eles costumam viver em grupos de três a 50 indivíduos e buscam abrigo em águas calmas de ilhas oceânicas, como na baía dos Golfinhos, onde é possível encontrar as maiores concentrações de golfinhos oceânicos do mundo. Do mirante é possível avistá-los de longe, dando um show de saltos no mar, especialmente pela manhã bem cedo.

Golfinhos
Golfinhos - Foto: Família Müller

Alugar um buggy

Se sobrar tempo na estada em Fernando de Noronha, é interessante alugar um buggy e voltar a alguns dos locais. Com seu cartão em mãos, é possível realizar alguns dos passeios por conta própria, como, por exemplo, voltar à praia do Sancho. A locomoção pela ilha é fácil. Só há uma estrada, a BR-363, que com 7 km de extensão, liga o porto à baía do Sueste. Há várias opções para alugar um buggy; os preços variam bastante. Consulte a sua pousada ou a própria agência receptiva para orientações.

Palestras no projeto Tamar

Em Noronha, o Tamar tem um centro de visitante muito semelhante aos que possui em outras praias brasileiras; no entanto, o diferencial aqui são as palestras de todas as noites, atraindo grande quantidade de turistas. Eles se iniciam às 21h (exceto aos domingos, quando começam às 20h30), e o ideal é chegar cedo para garantir seu lugar. Os temas são variados e a programação está no site do projeto Tamar. Na quarta-feira, a programação da Cantando e Contando Noronha com Ju Medeiros, é imperdível!
Alameda do Boldró, s/n
www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=7

Ju Medeiros no projeto Tamar
Ju Medeiros no projeto Tamar - Foto: Família Müller

Gastronomia

A culinária na ilha tem como base os frutos do mar e os peixes. Em Noronha, os pescados como a cavala são os melhores. Há restaurantes para todos os gostos – e quase todos com preços bem salgados.

Restaurante Mergulhão
O Mergulhão é um lugar não apenas para saborear os pratos bem elaborados, mas para passar alguns momentos entre os almofadões tomando uma caipirinha, preparada com frutas da estação, e contemplando a vista privilegiada para o morro do Pico.
Porto Santo Antônio, s/n
www.mergulhaonoronha.com.br

Festival Gastronômico da Pousada Zé Maria

Toda quarta e sábado, é dia de reservar seu lugar no banquete com mais de 40 receitas do festival da pousada. É uma oportunidade única de degustar pratos exclusivos elaborados com frutos do mar, entre outras especialidades. Faça reserva assim que chegar à ilha, pois não sobram lugares vagos nos dias de festival.
Rua Nice Cordeiro, s/n
www.pousadazemaria.com.br

Restaurante Acqua Marine
Instalado no espaço do Dolphin Hotel, é aberto ao público para almoço e jantar. As especialidades do cardápio são a cauda de lagosta, a paella noronhense e o peixe na Telha. Vale a pena guardar espaço para o danado de bom, sobremesa feita com bananas empanadas cobertas com mel de engenho, paçoca e sorvete. É mesmo danado!
BR-363 – Vacaria

Hospedagem

Dolphin Hotel
Tem quartos espaçosos e confortáveis, com boa infraestrutura.
BR-363 – Vacaria
www.dolphinhotel.tur.br

Pousada da Jô
Recentemente comprada por um paulista e toda reformada, a pousada oferece quartos bem decorados, com ar-condicionado, TV a cabo e wi-fi. Os atendentes são simpáticos e estão sempre à disposição do hóspede.
Rua Pinto Branco, s/n – Vila do Trinta
www.pousadadajo.com.br

Pousada Casa Blue – Verdes Mares
Opção de hospedagem residencial, com bons quartos com ar-condicionado, TV de tela plana e cama queen size.
Alameda dos Cajueiros, s/n – Floresta Nova
www.bluenoronha.com.br

Agências receptivas

A Costa Azul e a Blue Marlin são parceiras e desenvolvem um excelente trabalho receptivo em Fernando de Noronha, que inclui desde o transfer (aeroporto/pousada-hotel/aeroporto) até os passeios pelas praias e organização dos mergulhos. Contratar uma agência receptiva vai facilitar bastante sua visita à ilha, já que para muitos dos passeios há regras para a visitação.
www.bluenoronha.com.br

Para visitar Fernando de Noronha é preciso pagar uma Taxa de Preservação Ambiental, cobrada de acordo com os dias de permanência na ilha. No entanto, se você sair antes do período programado e pago, terá direito à restituição da diferença antes de embarcar para o continente.
Informações no site: www.noronha.pe.gov.br

Para outras informações sobre hospedagem, agências e passeios em Fernando de Noronha, consulte o site da agência receptiva e também: www.noronhaturismo.com.br.

Para mais informações sobre o turismo em Pernambuco, acesse o site da Secretaria de Turismo: www.setur.pe.gov.br.

Rota do Agreste pernambucano

Gravatá

A cidade localizada no topo da serra das Russas, no planalto da Borborema, ganhou espaço no turismo pernambucano por causa do clima ameno e do ar europeu da charmosa arquitetura em estilo alpino em meio à vegetação que se mistura entre a Caatinga e a Mata Atlântica, cortada por rios e cachoeiras. A proximidade da capital (85 km) também colabora para que Gravatá seja a cidade serrana mais procurada para o turismo de lazer e o ecoturismo no estado. DoAlto do Cruzeiro, a estátua do Cristo Redentor abençoa a cidade. Para chegar ao mirante e ter uma vista de Gravatá, é preciso subir aos 365 degraus da Escadaria da Felicidade. Lá está a Capela do Alto do Cruzeiro, e quem sobe ao fim da tarde tem o privilégio de assistir ao pôr do sol. Lá embaixo, a cidade pacata conta com prédios históricos, como oPalácio Joaquim Didier (1908), em estilo português, onde funciona hoje a Prefeitura de Gravatá; a Igreja Matriz de Sant’Ana (1810), em estilo neoclássico; o prédio da antiga cadeia pública (1911), que abriga hoje o Museu de Gravatá, e aEstação do Artesão, antiga estação ferroviária transformada num centro de exposição e vendas, com destaque para asbonequinhas da sorte feitas de pano, uma marca do artesanato local, consideradas um amuleto pela cultura popular. OPolo Moveleiro é um centro de artesanato e artes onde se concentra um grande número de fabricantes de móveis de madeira maciça, além de fibras naturais como junco, vime, ratã e cana-da-índia. As delícias caseiras como doces em compotas, bolos e queijos e geleias, entre outros quitutes, também são encontradas, especialmente na Despensa Produtos Caseiros (rua Duarte Coelho, 280 – loja 3).

Igreja Matriz de Sant´Ana
Igreja Matriz de Sant´Ana - Foto: Família Müller
Polo Moveleiro
Polo Moveleiro - Foto: Família Müller

Museu Sonho de Criança

A coleção particular única de 42 carros antigos de um empresário de Gravatá é aberta ao público nos fins de semana, expõe veículos raríssimos, alguns vistos apenas em minisséries de TV ou filmes antigos, como um Impala SS (conversível) e automático, de 1964, que o guia do museu diz ter pertencido a Roberto Carlos (existe um documento antigo que está no nome do cantor e compositor brasileiro). Na exposição destacam-se também a maria- fumaça datada de 1910, exposta num cenário que remonta a estação ferroviária de Gravatá; a réplica de um posto de combustível Texaco da década de 1930; e veículos militares, entre os quais um tanque de guerra legítimo que pesa mais de 20 toneladas com um canhão de 90 milímetros
http://museusonhodecrianca.blogspot.com.br

Museu Sonho de Criança
Museu Sonho de Criança - Foto: Família Müller
Museu Sonho de Criança
Museu Sonho de Criança - Foto: Família Müller

Odilon Cunha, orquidófilo e orquidólogo bastante reconhecido nos cenários nacional e internacional, escolheu Gravatá para hospedar a sua coleção. O orquidário, chamado Centro de Orquídeas de Pernambuco – Orquis, expõe uma coleção de aproximadamente 2.200 exemplares. A visitação é bem-vinda aos sábados, com agendamento prévio.
Avenida Padre Juarez Galvão, 696, tel. (81) 9154-6486

Orquidário - Orquis
Orquidário - Orquis - Foto: Família Müller

Gravatá detém o título de maior produtora de flores de Pernambuco. O Distrito de São Severino é um dos que mais se destacam no cultivo de hortaliças e no plantio flores como rosas e gérberas principalmente. Para conhecer as plantações e a história do lugar, a Rota Ecológica na Reserva Jussará, passeio oferecido pela agência Laurentur Receptivo, começa na plantação das flores, entra na mata – onde se ouve a história dos índios tapulias da serra, que habitavam essas terras – e depois cruza um portal no tempo, levando o participante para a época em que os índios foram dominados e os holandeses tomaram conta da terra. Essa parte da história é contada nas ruínas de um engenho holandês.

Distrito de São Severino
Distrito de São Severino - Foto: Família Müller

A natureza de Gravatá é o cenário perfeito para a prática de ecoturismo e atividades de aventura como mountain bike, cavalgadas e caminhadas que passam por trilhas e mirantes. O rapel no Pontilhão Cascavel, com 50 metros de altura, é uma das atividades de aventura mais procuradas. Localizada num vale em meio a colinas e montes, a ponte foi construída para uma estrada de ferro hoje abandonada. Uma trilha curta leva o aventureiro para cima da ponte, onde se monta a ancoragem do rapel. A descida é toda feita em negativo e, além da aventura em si, a vista é deslumbrante. Apesar da altura, esse rapel é indicado para iniciantes devido ao baixo grau de dificuldade. A atividade pode incluir também a caminhada de uma hora pelos trilhos da antiga linha férrea, passando por dois túneis.

Caminhada pela linha férrea
Caminhada pela linha férrea - Foto: Família Müller
Rapel no Pontilhão Cascavel
Rapel no Pontilhão Cascavel - Foto: Família Müller
Rapel no Pontilhão Cascavel
Rapel no Pontilhão Cascavel - Foto: Família Müller

Gastronomia

A farta gastronomia de Gravatá oferece pratos que vão da cozinha regional, com destaque para a galinha cabidela (ao molho pardo) e a buchada de bode, ao fondue, passando por pratos da culinária internacional.

Restaurante Portal de Gravatá
Localizado no hotel, o restaurante é aberto ao público e oferece, entre outros pratos, o rodízio de fondue (carne, queijo e chocolate), acompanhado de um bom vinho. A dica é sentar-se numa das mesas da varanda.
BR-232, km 82

Restaurante Charque da Dona Neusa, Mãe do Serginho
Serve pratos da cozinha pernambucana. A boa pedida é o “Arrumadinho” (feijão-verde, carne de charque escaldada e picada, farofa, coentro, cebola e tomate); de sobremesa, uma “Cartola” (banana coberta com queijo coalho coberto com canela).
Rua Vicente Soares da Silva, 78

Restaurante Eudes da Cabidela
Sempre movimentado, serve pratos da cozinha regional bem elaborados, com temperos caseiros. Aproveite para comprar um dos potes de pimenta feitos artesanalmente.
Avenida Agamenon Magalhães, 270

Cafeteria Gravatá
Bem no centro, de frente para a praça Rodolfo de Moraes, conta com cardápio para qualquer hora do dia. Nas noites frias, a dica é sentar na varanda e pedir um dos deliciosos caldos quentinhos; de sobremesa, um dos crepes doces.
Rua Cleto Campelo, 180 – Centro
www.cafeteriagravata.com.br

Cia da Coalhada
Como o nome já diz, os laticínios, especialmente as coalhadas com geleias, de morango, tomate, ameixa e goiaba, são maravilhosos. A dica é experimentar uma por dia.
Fazenda Vale do Jatobá
Km 12, PE-108 – Camocim de São Félix
www.ciadacoalhada.com.br

Hospedagem

Hotel Portal de Gravatá
Ambientado numa fazenda cortada pelo rio Ipojuca, o hotel oferece tranquilidade, aconchego e muito conforto junto à natureza. É um lugar gostoso onde os hóspedes podem caminhar entre as plantações, tomar leite ao pé da vaca, passear de charrete ou cavalo, observar a criação de animais da fazenda ou simplesmente apreciar o pôr do sol. Nas dependências do hotel há uma charmosa vila temática que normalmente recebe eventos como casamentos e festas.
BR-232, km 82

www.portaldegravata.com.br

Vila temática - Portal de Gravatá
Vila temática - Portal de Gravatá - Foto: Família Müller

Caruaru

A cidade é famosa por abrigar uma das maiores festas de São João do Brasil. No Parque de Eventos, transformado em arraial durante as festas, quadrilhas com mais de mil participantes apresentam-se diariamente. O forró corre solto em volta da fogueira e as barracas de guloseimas ficam lotadas. A Feira de Caruaru (www.feiradecaruaru.com), a maior do Nordeste, abriga centenas de barracas que vendem peças artesanais de barro, couro, palha e renda, cordéis, comidas típicas, ervas medicinais e artigos eletrônicos. No sábado há apresentações de cantadores, violeiros e bandas de pífanos.

Caruarú
Caruarú - Foto: Família Müller

A arte em barro é um dos principais ícones do artesanato de Caruaru, e o bairro de Alto do Moura concentra uma grande comunidade de artesãos que moldam no barro retratos da cultura e do homem nordestino. No Alto do Moura está a casa onde viveu Vitalino Pereira dos Santos, Mestre Vitalino. Transformada em museu, tem visitação aberta ao público. Graças à magnitude de sua obra, que começou como uma brincadeira de criança, esculpindo no barro animais para brincar e depois cenas e figuras nordestinas, sua arte transpôs fronteiras e está exposta em museus de todo o país e até no Louvre, em Paris.

Arte em barro
Arte em barro - Foto: Família Müller
Arte em barro
Arte em barro - Foto: Família Müller
Casa Museu mestre Vitalino
Casa Museu mestre Vitalino - Foto: Família Müller
Filho de mestre Vitalino
Filho de mestre Vitalino - Foto: Família Müller

Museu do Barro e do Forró

O acervo do barro reúne o que há de mais representativo da cultura e do folclore regional. Na cerâmica, além dos trabalhos de artesãos do Alto do Moura, o destaque são as 67 peças originais de Mestre Vitalino e as pequenas peças de Marliete Rodrigues, que está no Guinness por fazer a menor obra figurativa do mundo. No Museu do Forró, o destaque é o ambiente dedicado a Luiz Gonzaga; o acervo conta com a sanfona utilizada em seu último show, objetos pessoais, roupas, fotos e discos, entre outros objetos. Uma sala menor é dedicada a Elba Ramalho, com fotos, discos e roupas usadas em shows.
Praça Coronel José de Vasconcelos, 100
www.cultura.pe.gov.br/museu6_caruaru.html

Museu do Barro e do Forró
Museu do Barro e do Forró - Foto: Família Müller
Museu do Barro e do Forró
Museu do Barro e do Forró - Foto: Família Müller

Gastronomia

Petisqueiro Bar e Restaurante
Não deixe de experimentar o “nordestino”: carne-seca com queijo coalho, farofa e feijão verde.
Rua Marcionilo Francisco da Silva, 60

Hospedagem

Citi Hotéis
Unindo conforto, comodidade e economia, a rede Citi oferece em três hotéis da rede, uma opção de hospedagem moderna e funcional, com apartamentos confortáveis e bem equipados.
www.citihoteis.com.br

Bezerros

 

Bezerros respira arte e cultura! O município preserva seu folclore e sua cultura original.
Consagrada como a terra dos coloridos papangus, o carnaval de Bezerros é o único temático do Brasil, preservando as mais autênticas tradições carnavalescas da cidade. Os foliões fazem as próprias fantasias e máscaras coloridas, confeccionadas em papel machê. Durante todo o carnaval, mantêm-se mascarados, escondendo a identidade, perambulam pelas ruas fazendo folia e passam na casa de amigos, ou desconhecidos, onde são recebidos com cortesia, quitutes e bebidas. Mas a Folia do Papangu não acaba no carnaval: durante todo o ano as cores e o clima de festa estão expostos na Estação da Cultura, instalada no antigo prédio da estação ferroviária de Bezerros (rua Vitoriano Pereira de Lima, centro). Além do museu dedicado à memória da cidade, com livros, fotos, peças de artesanato e objetos antigos da própria estação ferroviária, no espaço está o Memorial do Papangu, que retrata a história do carnaval por meio de fotos, maquetes, fantasias, máscaras e um vídeo que mostra a cidade em pleno carnaval. O vagão de madeira, estacionado na plataforma da estação, abriga o ateliê do artista plástico e artesão Roberval Lima, conhecido por seu trabalho com máscaras e pintura em tela inspirados na alegria e no colorido dos papangus.

Memorial do Papangú
Memorial do Papangú - Foto: Família Müller
Memorial do Papangú
Memorial do Papangú - Foto: Família Müller
Atelier de Roberval Lima
Atelier de Roberval Lima - Foto: Família Müller

O ateliê de Armando Arnaldo do Nascimento, conhecido como Lula Vassoureiro, também remete o visitante à alegria dos papangus. O artesão produz máscaras dos foliões para atender à demanda de várias partes do país. Além de aprender sobre o processo de produção artesanal, o visitante é convidado a fazer sua própria máscara (Otávia Bezerra, Vila Nova 64 – Santo Amaro).

Atelier de Lula Vassoureiro
Atelier de Lula Vassoureiro - Foto: Família Müller

Além da inspiração do carnaval e dos papangus, o rico artesanato de Bezerros desenvolveu-se com base nas tradições e do folclore do sertão nordestino. O destaque são as xilogravuras: o artista talha imagens em madeira, fazendo uma espécie de carimbo, espalha tinta na figura talhada e reproduz as ilustrações em gravuras e nas capas dos folhetos daliteratura de cordel. Na década de 1960, intelectuais e pesquisadores passaram a publicar álbuns de gravuras produzidas por artistas populares do Nordeste, e a xilogravura ganhou status de arte e projeção nacional e internacional. Entre os maiores xilogravuristas pernambucanos, J. Borges é o mais famoso. Em 2002 José Francisco Borges, mestre do cordel, artista folclórico e xilogravurista brasileiro mais reconhecido internacionalmente, foi um dos 13 artistas convidados para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas, com a xilogravura “A Vida na Floresta”. OMemorial J. Borges (http://memorialjborges.arteblog.com.br ) é aberto ao público e o artista recebe o turista com muita simpatia e entusiasmo. A exposição mostra suas principais xilogravuras e cordéis. Há peças para a venda.

Atelier de J. Borges
Atelier de J. Borges - Foto: Família Müller
Xilogravura - Atelier de J. Borges
Xilogravura - Atelier de J. Borges - Foto: Família Müller
Cordel - Atelier de J. Borges
Cordel - Atelier de J. Borges - Foto: Família Müller

O Centro de Artesanato de Pernambuco é um importante centro cultural que mantém um museu com grande e diversificado acervo da produção artesanal mais representativa do estado. Numa visita guiada, o turista faz um tour entre peças feitas com variadas técnicas artesanais, como as carrancas de Petrolina, as máscaras e xilogravuras de Bezerros, a tapeçaria de Lagoa do Carro, a renascença de Poção, as cerâmicas de Tracunhaém, os bonecos gigantes de Olinda, entre outras maravilhas do artesanato pernambucano. O tour termina na loja, onde se podem adquirir algumas peças feitas com as técnicas expostas.
BR-232 para Gravatá, km 101

Centro de Artesanato de Pernambuco
Centro de Artesanato de Pernambuco - Foto: Família Müller
Centro de Artesanato de Pernambuco
Centro de Artesanato de Pernambuco - Foto: Família Müller
Centro de Artesanato de Pernambuco
Centro de Artesanato de Pernambuco - Foto: Família Müller

 

Serra Negra é o destino de quem pretende praticar ecoturismo. O parque ecológico conta com mirantes, grutas naturais e uma bela mata preservada onde se podem fazer boas caminhadas. O ideal é pernoitar em Serra Negra para sentir o clima mais frio e aproveitar a natureza do entorno.

Hospedagem

Pousada Canto da Serra
Acesso de Bezerros ao Distrito da Serra Negra (pela BR-232) – km 10
www.cantodaserra.tur.br

Bonito

A beleza natural deu ao lugar o nome de Bonito. A cidade é conhecida por causa da sua bela vegetação cortada por rios e cachoeiras. O Centro de Atendimento ao Turista, localizado na entrada da cidade, é bem organizado e informa sobre caminhadas pelo Circuito de Cachoeiras, que passa por sete quedas com piscinas naturais. O Bonito Eco Parque, uma ótima opção para quem pretende passar o dia, oferece diversas atividades ligadas ao ecoturismo, como passeio a cavalo e banhos de cachoeira, e aventuras, como rapel, arvorismo, tirolesa e escalada. O local tem opção de hospedagem em apartamentos e camping e conta com um ótimo restaurante que serve pratos da cozinha regional, como a carne de bode.
Engenho do Mágico, PE-103 Sul, km 18,5
http://www.bonitoecoparque.com.br

Portal da cidade
Portal da cidade - Foto: Família Müller
Circuito das Cachoeiras
Circuito das Cachoeiras - Foto: Família Müller
Cachoeira Véu da Noiva
Cachoeira Véu da Noiva - Foto: Família Müller
Bonito Eco Parque
Bonito Eco Parque - Foto: Família Müller

No caminho entre Bonito e Bezerros está o Museu Caxiado. O pernambucano José Caxiado da Silva realizou um de seus sonhos com a inauguração do seu próprio museu. O visitante percorre uma trilha estrategicamente planejada a céu aberto, dividida em sete estações indicadas pelas letras que compõem o nome Caxiado. Em exposição estão os trabalhos derivados de experiências com materiais diversos, obras religiosas, figuras de animais, musicais, entre outros temas; no Memorial, última estação, conta-se a trajetória do artista – desenhista, pintor escultor, poeta, compositor e músico prático – por meio de documentários, revistas, jornais, fotos, livros, objetos pessoais, ferramentas usadas nas obras, entre outras peças do acervo particular.
Estrada do Cruzeiro, 815 A, bairro do Santuário, São Joaquim do Monte
http://museutitacaxiado.blogspot.com.br

Museu Tita Caxiado
Museu Tita Caxiado - Foto: Família Müller
Museu Tita Caxiado
Museu Tita Caxiado - Foto: Família Müller

Agência receptiva

 

Laurentur Receptivo
Atende todo o roteiro do Agreste.
Avenida Major Aprígio da Fonseca, 585, Hotel Loja A – Bezerros
www.laurentur.com.br