Coroada por cadeias de montanhas e às margens do Rio Nhundiaquara, Morretes é uma destas cidadezinhas coloniais que o progresso esqueceu
Coroada por cadeias de montanhas e às margens do Rio Nhundiaquara, Morretes é uma destas cidadezinhas coloniais que o progresso esqueceu. O que é uma vantagem para os turistas e habitantes, que podem desfrutar de todos os seus atrativos de forma acolhedora e inesquecível dos tempos de outrora.
Dona de boa parte da Mata Atlântica do país exibe a delicadeza desta fauna e flora nas serras, montanhas e rios. Tudo muito preservado por seus habitantes, que agem de forma responsável com a natureza.
Existem duas ótimas opções para se chegar aMorretes: de trem, que traça o percurso de Curitiba até a estação da cidade, passando por túneis, vales, com uma fantástica visão da Serra do Mar, e descendo pouco mais de 30 km a Serra da Graciosa por uma estrada secular, inaugurada por volta do ano de 1873. Margeada de puríssima Mata Atlântica e colorida com muitas florezinhas, motivo pelo qual foi denominada Graciosa, é uma estradinha bem estreita e requer cuidado por parte do motorista. Os mirantes da parte de cima da Serra, devem ser paradas obrigatórias, pois apresentam uma amostra do que será a sua visita à este destino. Há ainda outra opção, pela BR – 227, que não possui o mesmo charme das outras duas, sendo uma rodovia rápida.
Ao longo da Serra da Graciosa, a beira do Nhundiaquara, recantos destinados a piqueniques contam com estrutura de pia e sanitários. O Nhundiaquara é tão limpo que no verão permite a prática do bóia cross, além de tornar-se um balneário.
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O que torna a visita a Morretes ainda melhor é que você tem a garantia de muita aventura, ecoturismo e hospitalidade em qualquer época do ano.
De bike pelos arredores da cidade
A Calango Expedições, agência receptiva local, oferece um cicloturismo de meio dia pelos arredores de Morretespassando por pequenas vilas, beirando rios e com a vista do do Complexo do Marumbí que acompanha praticamente o passeio todo. Partimos da sede da agência que tem base na Estação Ferroviária da cidade. A trilha é relativamente fácil, com várias retas, algumas descidas e duas subidas mais inclinadas, onde acabamos por carregar as bikes acima. No alto, uma bica de água potável, onde pudemos refrescar-nos e hidratarmo-nos. Tudo perfeito, com exceção do dia que escolhemos para o cicloturismo que amanheceu muito nublado e apesar de perdemos a vista das serras, foi muito gostoso.
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Assista ao vídeo da atividade de bike e da caminhada para a cachoeira Salto da Fortuna
Trekking para as Cachoeiras
Morretes por estar no meio de serras, montanhas e rios, abriga muitas cachoeiras. Fomos conhecer duas delas.
A primeira, a Cachoeira São Luiz, fica dentro da propriedade do Santuário Nhundiaquara, onde ficamos hospedados. Mas mesmo que você não seja hóspede, é possível visitá-la com um guia da Calango Expedições. O Santuário é um local incrível, um legítimo Lodge. Já no café da manhã, que é servido num salão sem paredes, pássaros de várias cores e tamanhos vêm dar um “bom dia” aos hóspedes. Aparecem de todos os lados atrás das frutas, de pão e do que estiver dando bobeira na mesa. O destaque fica por conta da Gralha Azul, que além de dar o ar da graça no café da manhã, também acorda os hóspedes do Santuário Nhundiaquara, com batidas na janela todas as manhãs, o mais curioso é que ela fica batendo no vidro até que a pessoa acorde, a hora que abrem os olhos para vê-la, sai voando e não volta mais.
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Matheus e o Beija-flor
Com as salas abertas, sem paredes, os pássaros circulam livremente dentro do Santuário Nundiaquara. Um beija-flor estabanado bateu contra um dos vidros e caiu no chão. Com cuidado, pegamos o beija-flor e logo o Matheus estava com ele nas mãos. O pequeno pássaro ficou ali no dedo dele quieto se recuperando. Todos ficamos preocupados com a recuperação do bichinho. Depois de descansar por alguns momentos, ele bateu asas e voou. Mas o mais incrível desta história, é que na hora que o beija-flor voou, o Marcelo, vídeo maker que nos acompanha em todas as viagens, brincou com o Matheus dizendo que no dia a seguir no café da manhã, o pássaro viria agradecê-lo por ter lhe salvado a vida. Pois é, numa destas coisas que só acontecem uma vez na vida e são uma grande surpresa, no café da manhã do sai seguinte, um beija-flor, parou voando por alguns segundos em frente ao rosto do Matheus. A cena foi de arrepiar, parece mesmo que o passarinho foi agradecê-lo o que o fez muito feliz e foi assunto para o dia todo. Agora, se foi mesmo o tal beija flor.....
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De volta ao trekking para a cachoeira, trata-se de uma caminhada leve e agradável por uma trilha que começa aberta margeando um lago e fica estreita e fechada pela mata no decorrer do percurso. Ao final de mais ou menos 1h30min, a bela cachoeira! Nos dias de verão é perfeita para um bom banho.
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Assista ao vídeo da caminhada a Cachoeira São Luiz e do Santuário Nhundiaquara
A Cachoeira Salto da Fortuna, já é um passeio mais complexo, um trekking para meio dia. Nossa dica é que não siga para lá sem um guia da Calango Expedições. O acesso é confuso e a trilha não é marcada, além de ser bem fechada pela mata. Não desanime, pois além da caminhada passar por lugares incríveis em meio à Mata Atlântica mais preservada que já pudemos conhecer para quem gosta de fotografar macro é um perfeito cenário, a cachoeira é linda! A caminhada dura por volta de 4h dependendo do ritmo dos caminhantes. Esteja preparado para molhar o sapato e a calça, pois para chegar à base da queda é preciso atravessar riachos e andar por pedras molhadas.
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Trekking ao cume do Rochedinho
O conjunto de montanhas do Marumbí é sem dúvida o destaque de Morretes. É ponto de encontro de montanhistas e ecoturistas. Sempre acompanhados do guia da Calango Expedições, fomos levados até a estação Engenheiro Lange a bordo de um jeep 4X4.
Do Santuário Nhundiaquara é possível trilhar este caminho a pé, o que fazem a maioria das pessoas, como estávamos com nosso filho Matheus de 12 anos, e a caminhada ao cume seria longa, decidimos pegar uma carona com o jeep. Da Estação Engenheiro Lange seguimos caminhando até a Estação Marumbí, onde fomos visitar o museu que há ali e registrar a nossa entrada no Parque Estatual Marumbí. Por questões de segurança é preciso definir antes de caminhar, a trilha que irá percorrer. Existem fitas coloridas que indicam as trilhas, elas são amarradas nas árvores e no caso de um resgate, que é feito pelo COSMO, fica mais fácil seguir a trilha pela cor.
O parque é muito organizado, e não possui nenhuma infra-estrutura de restaurante e lanchonete, é preciso levar água para toda a caminhada e um bom lanche para repor as energias. A trilha além de úmida e fresca, abriga espécies da Mata Atlântica que ainda não conhecíamos.
Como é bem preservada, tem muita vida, além da flora, a fauna também se apresenta através do canto dos pássaros e das cigarras, das coloridas borboletas e da infinidade de insetos, isto sem contar com os animais que se escondem da nossa presença.
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Chegar ao cume é um presente para os olhos, para o corpo e para a alma! De um lado a vista do imponente Marumbí, do outro a Serra da Farinha, abaixo um vale onde é possível ver a Estação Marumbí e em meio as montanhas, a linha do trem. Parada obrigatória para o lanche que degustamos em silêncio apreciando a vista.
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Subir ao Cume do Rochedinho é programa para o dia inteiro, a trilha deve ser feita devagar, observando a diversidade biológica da Mata Atlântica, isto vale quase tanto como chegar ao cume. Esta atividade é recomendada para famílias com crianças a partir de 8 anos.
Assista ao vídeo desta atividade
Morretes é um dos roteiros de nosso livro:
Para onde nós vamos? os roteiros de viagem da Família Muller.
O primeiro livro do mundo impresso em papel produzido a partir do lixo plástico reciclado.
Serviços
Agência Receptiva
Calango Expedições
Estação Ferroviária – tel: (41) 3462-2600
Onde ficar
Santuário Nhundiaquara
Estrada das Prainhas, Km 2
Porto de Cima
Tel: (41) 3462-1938 Fax: (41) 3323-3725
Pousada Oásis
Estrada das Prainhas - Porto de Cima - Morretes - Paraná - Brasil
Telefones - 0xx41-3462-1888 - 9923-4691 e 9923-3492
As diárias de ambos os hotéis devem ser consultadas por são alteradas conforme a temporada.
Onde comer um ótimo barreado
A comida típica de Morretes
Restaurante Villa Morretes:
Rua Almirante Frederico de Oliveira, 155
tel: (41) 3462.2140
Restaurante Casarão: (41) 3462.1314
Largo Dr. José Pereira, nº 25 - Rua das Flores
Fone: (041) 462-1314